quarta-feira, 21 de maio de 2014

16˚ DIA 21 MAI – CINQUE TERRE

DIÁRIO DE VIAGEM

          Nosso destino hoje era conhecer as famosas Cinque Terre – cinco vilarejos medievais no alto de falésias da Riviera Italiana, no mar da Ligúria (ponta do Mar Mediterrâneo). O local é famoso, charmoso, mas se me permitem, tem mais fama do que realmente merece.


          Primeiro, para nós brasileiros, há que se reformular todo um conceito de praia – as praias aqui não têm areia, ou se tem, é escura e feia. E a pequena faixa para se tomar sol é muito estreita. O mar é lindo, isso é inegável, verde esmeralda, limpo e transparente. O visual se assemelha ao da Costa Amalfitana, com as cidades encrustadas nos penhascos, só que em menor escala, e bem mais simples do que na Costa Amalfitana. As cidades, vistas de longe – do mar, por exemplo – são muito atraentes, mas de perto, são casas amontoadas em ruelas estreitas, mal conservadas, onde circulam levas de turistas. Nos pequenos cais, não há lanchas, iates, veleiros, apenas barcos de pesca ou de turismo.

          De um modo geral, é um passeio que vale a pena por ser diferente, exótico até, interessante, mas não diria imperdível. Não acho que vale a pena se hospedar em uma das Terres e passar alguns dias por lá, pois na verdade não há muito a fazer na cidade. Há algumas trilhas de caminhadas entre as cidades e pelas montanhas, mas várias são muito longas ou muito íngremes. Além disso elas correm o risco de estar fechadas com alguma frequência, como hoje que não conseguimos fazer nenhuma delas, haja vista que estavam fechadas por ter ocorrido novo desmoronamento.

          A área conhecida como Cinque Terre compreende o Parque Nacional das Cinco Terras, uma área de preservação ambiental e considerada como Patrimônio da Humanidade, com cinco cidades – Monterosso al mare, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore. Há ainda Portovenere, uma cidade um pouco mais distante, considerada a sexta “terre”, porém menos visitada por ser mais longe. O trajeto da primeira a última tem apenas 18 km, e elas são ligadas por trem e por barcos.

          Quando pesquisamos como conhecer Cinque Terre, o site que nos deu as melhores informações foi o www.viajenaviagem.com.br, no qual uma de suas seções sugeria um roteiro de como aproveitar melhor o dia para visitar as 5 Terras. Não é muito fácil montar esse roteiro pois há inúmeras variáveis entre horários de trem e barco, locais de parada etc. Esses horários inclusive mudam com frequência e é bom sempre conferir na internet.

          Como estávamos hospedados em Lucca, seguimos de carro para La Spezia, a cidade que dá acesso às Terres. De Lucca até lá são 77 km, que foram feitos em 50 min pela autoestrada – o tempo maior foi após entrar em La Spezia e achar a Stazione Centrale!. Em La Spezia compramos um “5 Terre Card” de trem (12 euros/pessoa) que dá direito ao dia todo de deslocamento entre uma cidade e outra. Ali, também, recebemos informações sobre os horários dos barcos que levam de uma cidade a outra – a única cidade que não é acessada por barco é Corniglia, a terre do meio, que fica no alto, sem acesso pelo mar.

          De posse de todos esses dados fomos tentar montar nosso roteiro – digo tentar porque não é lá muito fácil tentar coordenar os horários de barco e trem de modo a ficar algum tempo em cada uma das terres. Acabamos descartando Corniglia, pois como ela fica no alto da colina, a partir da estação ainda teríamos que subir de ônibus ou subir 365 degraus até lá! E montamos um roteiro com as outras.

          Não há muito que fazer em cada uma das Terres a não ser ficar olhando o mar, tomar um sorvete ou uma cerveja, bater fotos etc... Se as trilhas estiverem abertas, dá para andar um pouco por elas até um ponto para ver um pouco mais e bater mais fotos – sabendo que trilha por aqui significa SUBIR!!! (se for descendo, depois tem que subir!). Há restaurantes, uns mais bonitinhos e charmosos do que outros, várias lojinhas de souvenir, etc...Também é possível alugar um barquinho para remar (!) pelo mar afora, mergulhar ou tomar sol nas pedras (!), coisas do gênero... ah, em Monterosso, também dá para fazer SUP!

          Depois de muitas análises optamos por ir de trem de La Spezia direto até Monterosso – a maior cidade, porém a menos charmosa. Após conhecê-la, voltamos ao trem, no sentido inverso, e deslocamos até Vernazza – bem charmosa, enfiada em uma reentrância da montanha. Lá almoçamos e depois tomamos um delicioso sorvete na “Gelateria Il Porticciolo” (vale o registro) – o sorvete de manga era igual a comer uma manga mesmo! 


























           A partir dali tomamos o barco – havíamos lido que era melhor ver as Terres a partir do mar – e é mesmo! Passamos por Corniglia, que fica no topo da montanha, depois Manarola, cuja vila começa sobre o rochedo na beira do mar e sai subindo como se desenrolando pelas bordas da montanha, e desembarcamos em Riomaggiore. Andamos um pouco por Riomaggiore, batemos fotos etc... e fomos até a estação de onde tomamos novamente o trem, de novo no sentido inverso, e voltamos para Manarola, fizemos a mesma coisa por lá e depois tomamos o trem para La Spezia, de onde voltamos para Lucca.



 




















CORNIGLIA
          Comprar o ticket do barco já outra dificuldade – há tantas opções de preços entre idas e voltas e números de paradas que é complicado até para descrever. Nós acabamos pagando 8 euros cada por uma viagem “one-way” entre Vernazza e Riomaggiore. Mas o ticket de um dia custa 25 euros.

          Nossa ideia era fazer uma caminhada entre Manarola e Riomaggiore por um caminho chamado Via del Amore, um pequeno trecho de 1 km, plano, pela encosta. Infelizmente, devido a uns desabamentos, ele estava fechado.

          De volta a Lucca, saímos para jantar no Restaurante Francisco, aqui perto do hotel, simples, mas gostamos muito.



RISOTO SAFRONINO 
COSTELETA DE MAIALE (porco)
          Amanhã seguimos para Florença, passando por Pistoia para bater uma continência para os nossos heróis da FEB, e por Vinci, terra natal de Leonardo, aquele, “O Cara”!

5 comentários:

  1. Tudo bem q não acharam lá uma Brastemp, mas gostei muito do meu passeio hoje à Cinque Terre!! E vcs estavam muito bonitinhos! Dailson pegou carona aqui na "minha viagem" e abrimos um vinho em homenagem a vcs... Afinal tbm somos filhos de Deus, né?!
    Bjs Viviane

    ResponderExcluir
  2. Gostei do lugar, ou melhor, das fotos. Quanto ao lugar, só vendo mas uma coisa é certa: eu experimentaria uma caminhada dessas subindo/descendo/subindo. É a minha especialidade, principalmente a parte descendo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi amigo, caminhada por aqui tem bastante, mas é sempre para cima ou para baixo.... Mas já que vc curte tanto, vc já deu uma olhada na Via Francígena? Acho que vc ia gostar e de repente achar algum trecho para fazer. Abraços

      Excluir
    2. A minha mensagem não está indo

      Excluir